terça-feira, 15 de março de 2011

INFÂNCIA EM PERIGO

 Oman Carneiro avalia o mapa de uma violência cada vez mais  frequente nos municípios brasileiros. 
"Cresce assustadoramente o número de casos de pedofilia em todo o País. No mapa dessa violência, as denúncias elencam 89% dos municípios brasileiros que inspiram urgentes medidas de proteção à infância.
Enquanto em 2009, o registro da violência sexual contra criancas, totalizou 15.345 casos, em 2010, foram oficializadas 49.000 ocorrências. Segundo o relatório emitido pela Secretaria de Direitos Humanos, através do Disque 100, a Região Nordeste foi a que apresentou maior crescimento, seguida, então, pelos estados que compõem o Sudeste. Do total de crianças violentadas, 60% são meninas, também em maioria quando a situação é a de exploração sexual: 80%.
Na maioria das vezes, o crime acontece dentro de casa, cometido por parentes ou supostos conhecidos dos familiares, mas a frequencia dos lamentáveis episódios em outros espaços públicos ou privados, reiteram a cobrança para uma permanente vigilância em áreas irrestritas.
Integram ainda o contigente vulnerável, as crianças que estão na rua, pelo abandono dos pais ou responsáveis. Estas, apesar de não efetivarem imediatas denúncias, a maioria revela ter sofrido algum tipo de abuso ou violência sexual.
O uso da internet, igualmente, requer um olhar atento de proteção dos responsáveis, pelos elevados riscos à teia de pedófilos que se encondem em falsos perfis.
A CPI da Pedofilia já colocou atrás das grades milhares de indivíduos que abusaram e violentaram menores de idade. No entanto, em muitos casos, a Justiça, ao conceder inapropriados benefícios como a redução da pena, liberdade provisória e indultos, sem que haja uma avaliação criteriosa aos riscos que essas solturas impensadas ofertam, acaba tornando-se coadjuvante na permissão a repetidas cenas de uma violência que interrompe a infância e responde por um grande número de homicídios de crianças com os mais terríveis requintes de crueldade.
Enquanto governantes, instituições, comunidades e famílias permitirem o descuido do dever de velar pela dignidade da criança e do adolescente, não os colocando a salvo de qualquer tratamento desumano, agressivo, aterrorizante, vexatório ou  constrangedor, não só a pedofilia, mas todas as demais formas de violência continuarão destruindo a infância."
Fonte: Blog do Oman 
15/03/2011
 

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