Três dias após o homicídio do menor conhecido como RAIMUNDINHO, a Polícia Civil já tem o nome das pessoas que realmente cometeram o crime.
De acordo com o delegado Kim Barreto, foram realizadas investigações e ouvidas diversas pessoas, e apesar de alguns suspeitos terem tentado jogar a culpa em pessoas inocentes, nós agora sabemos quem na verdade praticou o crime. Alguns suspeitos se apresentaram mas, como não foram pegos em flagrante e não havia nenhum depoimento que pudesse incriminá-los, eles foram momentaneamente liberados, tudo de acordo com a lei. As investigações se prolongaram até a noite desta terça-feira e estão sendo finalizadas nos próximos dias, para que a Polícia Civil possa tomar as medidas cabíveis e aí sim pedir a prisão dos verdaddeiros responsáveis, por isso ainda não posso revelar o nome dos criminosos.
Em relação ao problema da violência gerada pelos menores infratores em Santa Quitéria, o delegado acrescentou que é um problema antigo e complexo, que envolve uma série de fatores: não só o recrudecimento do policiamento; mas também a lei, pois há um consenso de que ela é branda com o menor infrator; as entidades de internação de menores, que por causa de sua superlotação não têm a capacidade de regenerar o infrator e nem de mantê-lo lá por mais de alguns meses; o desemprego; a baixa escolaridade e por conseguinte a baixa capacitação profissional e, principalmente, na minha opinião, a desagregação cada vez maior pela qual passa a família: atualmente, muitos pais não mais educam os filhos e nem lhes impõe regras de conduta que futuramente servirão para que vivam em sociedade, sendo que inclusive recentemente cheguei a prender pais que traficavam drogas juntamente com os filhos. Qual a diferença entre duas crianças pobres que moram no mesmo bairro, sendo que uma virou um cidadão de bem e o outro não, se tiveram as mesmas oportunidades? A resposta é justamente a criação que cada um teve através de suas famílias.
O delegado explica ainda que a Constituição Federal diz que todos têm direito à Segurança Pública, mas também diz que todos têm o direito de ir e vir, por isso não posso dar uma ordem para que menores fiquem em suas casa a partir de tal hora da noite, pois esse é um dever e uma responsabilidade dos pais. Da mesma forma, a Constituição diz que todos têm o direito de se reunirem pacificamente, por isso também não posso fazer nada contra um grupo de menores que sejam de um determinado bairro só porque eles estão juntos, se eles ainda não fizeram nada de errado.
Em resumo, se de um lado há todos os problemas que citei, por outro, existe a lei que dá e garante a todos os infratores os seus direitos, lei que eu, como delegado, não posso passar por cima. A Polícia Civil está fazendo a sua parte, somos responsáveis por três municípios, e em razão do contigente policial ainda ser aquém do necessário, na semana seguinte ao crime, por exemplo, não pudemos contar com nenhum inspetor para me ajudar nas investigações, pois eles já haviam trabalhado direto nas semanas anteriores, acrescentou o delegado.
O delegado avisa que a Polícia Civil, apesar de ter também outros crimes para investigar, continuará atenta ao problema dos menores infratores e, em suas considerações finais, afirma que para que se resolva de vez esse problema, faz-se necessário que, além da polícia, a família e os setores públicos e privados sejam também atuantes e eficazes, para que o cidadão honesto não saia prejudicado em detrimento do criminoso.
Fonte: Santa Quitéria Notícias.De acordo com o delegado Kim Barreto, foram realizadas investigações e ouvidas diversas pessoas, e apesar de alguns suspeitos terem tentado jogar a culpa em pessoas inocentes, nós agora sabemos quem na verdade praticou o crime. Alguns suspeitos se apresentaram mas, como não foram pegos em flagrante e não havia nenhum depoimento que pudesse incriminá-los, eles foram momentaneamente liberados, tudo de acordo com a lei. As investigações se prolongaram até a noite desta terça-feira e estão sendo finalizadas nos próximos dias, para que a Polícia Civil possa tomar as medidas cabíveis e aí sim pedir a prisão dos verdaddeiros responsáveis, por isso ainda não posso revelar o nome dos criminosos.
Em relação ao problema da violência gerada pelos menores infratores em Santa Quitéria, o delegado acrescentou que é um problema antigo e complexo, que envolve uma série de fatores: não só o recrudecimento do policiamento; mas também a lei, pois há um consenso de que ela é branda com o menor infrator; as entidades de internação de menores, que por causa de sua superlotação não têm a capacidade de regenerar o infrator e nem de mantê-lo lá por mais de alguns meses; o desemprego; a baixa escolaridade e por conseguinte a baixa capacitação profissional e, principalmente, na minha opinião, a desagregação cada vez maior pela qual passa a família: atualmente, muitos pais não mais educam os filhos e nem lhes impõe regras de conduta que futuramente servirão para que vivam em sociedade, sendo que inclusive recentemente cheguei a prender pais que traficavam drogas juntamente com os filhos. Qual a diferença entre duas crianças pobres que moram no mesmo bairro, sendo que uma virou um cidadão de bem e o outro não, se tiveram as mesmas oportunidades? A resposta é justamente a criação que cada um teve através de suas famílias.
O delegado explica ainda que a Constituição Federal diz que todos têm direito à Segurança Pública, mas também diz que todos têm o direito de ir e vir, por isso não posso dar uma ordem para que menores fiquem em suas casa a partir de tal hora da noite, pois esse é um dever e uma responsabilidade dos pais. Da mesma forma, a Constituição diz que todos têm o direito de se reunirem pacificamente, por isso também não posso fazer nada contra um grupo de menores que sejam de um determinado bairro só porque eles estão juntos, se eles ainda não fizeram nada de errado.
Em resumo, se de um lado há todos os problemas que citei, por outro, existe a lei que dá e garante a todos os infratores os seus direitos, lei que eu, como delegado, não posso passar por cima. A Polícia Civil está fazendo a sua parte, somos responsáveis por três municípios, e em razão do contigente policial ainda ser aquém do necessário, na semana seguinte ao crime, por exemplo, não pudemos contar com nenhum inspetor para me ajudar nas investigações, pois eles já haviam trabalhado direto nas semanas anteriores, acrescentou o delegado.
O delegado avisa que a Polícia Civil, apesar de ter também outros crimes para investigar, continuará atenta ao problema dos menores infratores e, em suas considerações finais, afirma que para que se resolva de vez esse problema, faz-se necessário que, além da polícia, a família e os setores públicos e privados sejam também atuantes e eficazes, para que o cidadão honesto não saia prejudicado em detrimento do criminoso.
24/03/2011
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